Os Dez Mandamentos é uma
telenovela brasileira dividida em duas temporadas, sendo a primeira produzida e exibida pela
Rede Record entre
23 de março e
23 de novembro de
2015 em 176 capítulos, substituindo
Vitória, e sendo substituída pela reprise de
Rei Davi e a segunda temporada com previsão de exibição entre
21 de março e
10 de junho de
2016 com 60 capítulos substituindo a reprise de
José do Egito e sendo substituída por
A Terra Prometida na faixa das 20h30
[1] Escrita por
Vivian de Oliveira e com direção geral de
Alexandre Avancini,
[2] , tendo como autores colaboradores Altenir Silva, Emilio Boechat, Joaquim Assis, Maria Claudia Oliveira, Paula Richard, é uma adaptação de quatro dos livros que compõem a
Bíblia -
Êxodo,
Levítico,
Números e
Deuteronômio[3] - narrando a história de
Moisés desde o seu nascimento até sua morte, destacando o encontro com
Deus no
Monte Sinai, as
pragas lançadas sobre o Egito, a sua participação na libertação do povo hebreu escravizado no país, a passagem pelo
Mar Vermelho, a revelação dos
dez mandamentos, a travessia de quarenta anos no deserto e a chegada do povo à
terra prometida.
Contou com
Guilherme Winter,
Sérgio Marone,
Camila Rodrigues,
Giselle Itié,
Petrônio Gontijo,
Larissa Maciel,
Zé Carlos Machado,
Paulo Figueiredo,
Sidney Sampaio,
Maria Ceiça,
Denise Del Vecchio,
Paulo Gorgulho,
Marcela Barrozo,
Aisha Jambo,
Igor Cosso,
Juliana Didone,
Gabriela Durlo,
Kiko Pissolato,
Giuseppe Oristanio,
Vera Zimmerman,
Victor Pecoraro,
Nanda Ziegler,
Floriano Peixoto,
Heitor Martinez e
Adriana Garambone nos principais personagens da trama bíblica.
A novela bateu um recorde de audiência em 18 de setembro de 2015, ao ultrapassar pela primeira vez em 40 anos a principal novela da
Globo.
[4]
Ainda em 2005, com a contratação do dramaturgo
Lauro César Muniz, a
Record anunciou seus planos de passar a ter, em sua programação, dois horários distintos destinados à exibição de telenovelas
[5] [6] . A emissora já possuía, à época, o "
RecNov", um estúdio localizado no
Rio de Janeiro destinado à produção de sua teledramaturgia, de forma similar ao que a
Globo já fazia nos estúdios "
Projac". A estrutura, entretanto, ainda não estava totalmente definida, e as filmagens de
Prova de Amor a ocupavam integralmente. Uma vez que as obras de ampliação não iriam estar concluídas em tempo hábil
[7] para o início das filmagens de
Cidadão Brasileiro, a telenovela escrita por Muniz, outros locais foram utilizados pela emissora como cenário
[8] [9] [10] . Em março do ano seguinte,
Cidadão Brasileiro começou
a ser exibida nesse segundo horário[11] . A telenovela foi exibida, em seu mês de estreia, às 20h 30min, mas sofreria nos meses seguintes uma série de mudanças em seu horário até regularizar-se às 22h 00. Esse horário foi seguido pela produção que a sucedeu,
Vidas Opostas[12] , enquanto o horário "
das oito" seria posteriormente ocupado por
Luz do Sol, que começou a ser exibida em 21 de março de 2007
[13] [14] .
Entre 2006 e 2009, sucedendo à
Cidadão Brasileiro, cinco telenovelas estrearam no horário de 20h 30
[15] e em novembro de 2009 a emissora anunciou que já tinha capacidade de realizar até seis produções ao mesmo tempo
[16] , reforçando o projeto de implementar não apenas dois, mas
três horários destinados à exibição de telenovelas, algo que vinha sendo cogitado desde 2005, quando
Margareth Boury foi anunciada como a autora de uma produção com temática juvenil até então denominada "E aí?", que seria exibida à tarde
[11] , mas que acabou não sendo produzida. Boury escreveria, em 2006,
Alta Estação, telenovela que inauguraria um terceiro horário distinto destinado à exibição de produções do gênero
[17] . Embora bem recebida pela crítica, a telenovela não alcançou índices de audiência considerados satisfatórios pela emissora, não conseguindo se consolidar como a segunda maior audiência do horário - o que levou ao seu cancelamento em maio do ano seguinte, pouco antes do término de sua primeira temporada e com os roteiros da segunda já sendo produzidos
[18] . O site "NaTelinha", do portal de notícias
UOL, chegaria a mencionar que tal cancelamento representaria uma decisão "precipitada" e "lamentável", colocando "
um ponto final na terceira faixa de novelas, projeto audacioso da Record que dificilmente terá continuidade"
[19] . Desde então, a emissora não conseguiria exibir, simultaneamente, três telenovelas inéditas. Entre 2007 e 2010, apenas dois horários da programação da emissora foram destinados à exibição de telenovelas
[20] .
Bela, a Feia, telenovela baseada em
La fea más bella, inicialmente representaria um retorno ao terceiro horário de telenovelas, mas atrasos na sua produção fizeram com que fosse reposicionada na programação
[21] . Uma segunda coprodução México-Brasil entraria no lugar de
Bela, a Feia, mas, em janeiro de 2010, o jornalista José Armando Vannucci noticiou que a Record não apenas não conseguiria exibir três telenovelas ao mesmo tempo, como abandonaria o segundo horário destinado ao gênero, deixando para exibir, no mínimo por todo o primeiro semestre de 2010, apenas uma telenovela:
Ribeirão do Tempo[22].
Em janeiro de 2010, a emissora emitiu um "Comunicado à Imprensa" anunciando que, com o término de
Poder Paralelo, não iria mais exibir uma telenovela no horário das 22h, com
Ribeirão do Tempo substituindo
Bela, a Feia, mas que ainda no primeiro semestre exibiria uma nova produção, no horário das 19h
[20] .
Rebelde foi a novela em questão a reinaugurar o segundo horário de novelas da Record na época, porém sua estreia só ocorreu em 21 de março de 2011.
[23] A partir de 11 de julho de 2011, a emissora anunciou que começaria a exibir
Rebelde às 20h30
[24] [25] . A novela que chegou a ser sucesso foi perdendo audiência em sua segunda temporada e em 12 de outubro de 2012, saiu do ar antes do previsto e consequente acabou-se o segundo horário de telenovelas da emissora.
[26]
Com o fim de Rebelde restou a Record na época o seu único horário às 22h30 em que estava sendo exibida a telenovela
Balacobaco e posteriormente foi exibida
Dona Xepa e o começo de
Pecado Mortal.
[27] Com a baixa audiência Pecado Mortal, a telenovela em 3 de fevereiro de 2014 foi transferida para às 21h15. Enfrentando o principal horário de telenovelas da Globo nem ela e nem sua sucessora
Vitória foram bem e para a telenovela Os Dez Mandamentos ficou decidido que o melhor horário para ela seria exibi-la às 20h30.
[28]
Popularização da teledramaturgia bíblica (2010-2014)[editar | editar código-fonte]
Os Dez Mandamentos é classificada como parte da "teledramaturgia bíblica", um gênero específico fortemente associado à Rede Record.
[29] Segundo Arthur Vivaqua, do
site brasileiro "RD1", a exibição de
produções que fossem adaptações de histórias da
Bíblia foi uma das estratégias mais bem-sucedidas da emissora: "A princípio, a proposta de transformar sagas de cunho religioso em minisséries voltadas para o grande público causou certa estranheza, mas a aposta acabou se tornando um dos maiores acertos da emissora, que encontrou um filão inexplorado por suas concorrentes", disse, em texto produzido antes da estreia de
Os Dez Mandamentos. O investimento no gênero que acabaria se tornando uma característica associada à teledramaturgia da emissora teve início no ano de
2010, com a exibição de uma
minissérie em dez capítulos, intitulada
A História de Ester.
[30]
Embora criticada por sua produção deficiente, em especial pelas barbas postiças utilizadas pelos atores, a primeira produção alcançou índices satisfatórios de audiência, e levou a emissora a continuar a investir no gênero. Assim, seguiram-se as minisséries
Sansão e Dalila,
Rei Davi,
José do Egito e
Milagres de Jesus. Cada produção possuía mais capítulos que a anterior, e, conforme se mostravam bem-sucedidas, maiores eram os investimentos feitos pela emissora. Em 2011,
Sansão e Dalila teve 18 episódios produzidos ao custo anunciado de 12 milhões de reais, e seguiu a produção de
Rei Davi no ano seguintes. Os resultados de
Rei Davi levaram a emissora a investir 28 milhões de reais para produzir os 24 capítulos de
José do Egito. Ao ser exibida em 2013, entretanto, a minissérie teria sido reeditada de forma a ter 37 capítulos.
[30]
Embora fosse menos bem-sucedida junto ao público que
Rei Davi, os resultados obtidos por
José do Egito foram considerados suficientemente satisfatórios pela emissora para assegurar novas produções do gênero. As chamadas "produções bíblicas", segundo Keila Jimenez, da
Folha de S.Paulo, podiam inclusive substituir a produção de
telenovelas convencionais: "Responsáveis pelas maiores audiências da emissora nos últimos anos, as minisséries bíblicas estão cada vez mais extensas, com mais capítulos, e (...) há quem aposte que essas produções bíblicas podem acabar tomando de vez o lugar das novelas convencionais na Record, uma vez que as últimas apostas do gênero (...) não vêm correspondendo em audiência".
[31] A partir de 2014 a emissora exibiria
Milagres de Jesus, uma produção elogiada pela crítica, mas incapaz de alcançar de forma bem-sucedida o público.
[30] Após a exibição da primeira temporada, a emissora anunciaria a produção de novos episódios para o ano seguinte, bem como a de uma telenovela intitulada
Os Dez Mandamentos.
[32]
É considerada uma das produções mais caras da história da emissora, com um custo de R$ 700 mil por capítulo, perdendo para, por exemplo,
Milagres de Jesus (900 mil por capítulo).
[34] [36]
Foram constituídos 28 cenários e uma cidade cenográfica com mais de 7 mil metros quadrados, onde são reproduzidas as cidades dos hebreus, egípcios e midianitas.
[36] Para a gravação da telenovela, foram utilizadas câmeras digitais
Arri Alexa.
[37]
A trilha sonora, de Daniel Figueiredo, é outro destaque da novela. Assim como em outras adaptações bíblicas, a Record optou por músicas instrumentais e outras em hebraico, como Miklat, tema do casal protagonista cantada por Gilbert Stein e Fortuna Safie. O tema da abertura da trama, que apresentava as dez pragas do Egito, o Monte Sinai, a peregrinação do povo hebreu no deserto, e o exército do faraó afogado no Mar Vermelho, intercaladas com as pedras que juntavam-se para formar as tábuas dos dez mandamentos e encerrando com o logo com nome da novela, também marcou muito os telespectadores, porém no dia 09/07 no capítulo 79 que exibiu o casamento de Moisés e passagem para terceira fase da trama, foi colocada como música de fundo do casamento de Moisés e Zípora. Pela primeira vez nas produções bíblicas, uma música em português: tratava-se de
O amor que vem da fé ou
No poço te encontrei, cantada por Kátia P. Jorgensen e Moyses Macedo (filho mais novo do Bispo Edir Macedo, proprietário da Rede Record e líder fundador da
Igreja Universal), uma versão com a mesma melodia de Miklat, que agradou e encantou o público que acompanhou.
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A novela é subdividida em 3 fases:
- Primeira Fase: Mostra o nascimento e infância de Moisés.
- Segunda Fase: A fase adulta de Moisés se dá na segunda fase da novela em que ele passa por vários momentos até chegar a seu exílio.
- Terceira Fase: Representa sua fase adulta mais avançada se encaminhando para a velhice, ao qual acontecerá as famosas histórias de Moisés, como as mortes dos primogênitos egípcios, o avanço de rãs no palácio real, e até mesmo o exílio do povo hebreu, culminando na escrita das duas tábuas por Deus, contemplando os Dez Mandamentos.